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Camara
25/10/2018 - 09:05h
Alessandro Simas Confronta Dados Apresentados Por Sestrem Sobre o Transporte Escolar
Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 23, o vereador Alessandro Simas (PSD), líder do governo na Câmara Municipal, contra-argumentou as afirmações de Paulinho Sestrem (PRP) a respeito da terceirização de parte das linhas do transporte escolar que atende crianças da rede municipal de ensino, em detrimento do uso da frota própria de ônibus escolares viabilizada pelo programa federal Caminhos da Escola----. Sestrem, que o antecedeu na tribuna, apresentou uma estimativa de custos que aponta para um gasto mensal de R$ 19 mil com um ônibus amarelinho da Prefeitura. Esse valor, aí consideradas despesas fixas e variáveis dos amarelinhos, seria em torno de R$ 10,5 mil a menos do que o custo de um veículo terceirizado – o qual pode chegar a R$ 29,5 mil, conforme o exemplo de Sestrem, que se ateve a uma linha específica, a do bairro Volta Grande.----- “Nós sempre procuramos deixar a Prefeitura aberta para esclarecimentos, para que o vereador não tire conclusões precipitadas”, disse Simas. “O que fez o Paulinho foi um pré-julgamento, a partir de situações pontuais, trazidas, a meu ver, de forma proposital, confundindo [na sessão do dia 16] o Cedro Grande com o Volta Grande, que são realidades totalmente diferentes”, acrescentou. “No Cedro Grande, em 2015, o quilômetro custava R$ 3,50. Hoje, sai por R$ 3,90 e a localidade é atendida por uma Kombi. Já o Volta Grande é atendido atualmente por dois ônibus, porque são muitas as crianças”.----- A manutenção de cada amarelinho custa, em média, R$ 20 mil ao mês, destacou o parlamentar. “A linha [terceirizada] do bairro São Pedro, para se ter ideia, custa R$ 9,3 mil mensais, ou seja, menos que a metade de um amarelinho. É vantajoso. A linha da Volta Grande, citada pelo Paulinho, é difícil de atender e por isso também é terceirizada.--- O município precisa equilibrar os custos. É o mesmo caso das linhas que fazem o São Pedro e o Cedro Grande”, justificou. “Considerando a remuneração de motoristas e monitores escolares, lembro que os servidores públicos têm aumentos, anuênios e progressão na carreira, o que faz com que a média mensal de gastos aumente a cada ano. O terceirizado só tem o reajuste do contrato, então, tem situações que precisamos ponderar”, prosseguiu o vereador.---- Em aparte, Sestrem disse que os números por ele apresentados são oficiais e estão disponíveis no Portal da Transparência: “São dados respondidos pela própria Prefeitura, nos pedidos de informação que formulei. Então, existe uma falta de informação entre o vereador Simas e a Prefeitura”, afirmou. “Não condeno a terceirização, mas é preciso tomar cuidado, até porque, se a média mensal do amarelinho é de R$ 20 mil, mas estamos pagando R$ 29,5 mil em uma das linhas terceirizadas, estamos gastando a mais, já não está correto”.---- A Sestrem, Simas reforçou que o Volta Grande é atendido por dois ônibus terceirizados, o que faz com que o quilômetro rodado custe mais caro. Mas se estes veículos fossem substituídos pelos amarelinhos, continuou, o gasto mensal neste caso seria de R$ 40 mil. “Volto a dizer: o que a gente coloca é que, para qualquer situação neste sentido, a Prefeitura e os secretários estão à disposição para esclarecer, se não, a situação é colocada na Câmara de uma forma que parece que o dinheiro está sendo gasto pelo ralo, quando na verdade se busca alternativas para que o custo seja o menor possível”.---- Simas também explicou à vereadora Keila Taise Kühn (PT), professora no Centro de Educação Infantil (CEI) Noêmia Fialho, que os amarelinhos não são veículos adequados ao transporte de crianças menores, estudantes dos CEIs, motivo pelo qual a Secretaria de Educação pode ter negado a disponibilização desses ônibus para atividades do educandário. ---*Assessoria
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