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Camara
23/11/2018 - 09:20h
Marcos Deichmann Defende Que o Programa Mais Médicos Tenha Exame de Revalidação
Em pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira, 20 de novembro, o vereador Marcos Deichmann (Patriota) fez apontamentos sobre a saída de Cuba do programa Mais Médicos. A discussão foi iniciada por Gerson Luís Morelli, o Keka (PSB). “É uma forma camuflada de desviar dinheiro do Brasil para Cuba, ” afirmou Deichmann referindo-se ao fato de, como disposição do programa, parte dos salários desses profissionais que aqui atuam ser direcionada ao governo do país de origem.----- O parlamentar defendeu a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), pelo Ministério da Educação (MEC) àqueles formados fora do país. Até então, o exame não é exigido para os participantes do Mais Médicos. Ele ainda relatou casos de negligência na saúde pública de Brusque, onde um habilitado ao programa teria receitado medicamentos em alta dosagem para crianças. “Temos que ter profissionais qualificados com comprovação, ” afirmou.----------- “Se o programa fosse pensado da maneira certa e realmente valorizasse o profissional que veio para cá, não retirando 75% do salário para financiar o governo cubano, poderia ter sido muito bom, ” avaliou o parlamentar.---------- SUS Ao rebater o indicador apresentado pelo vereador Sebastião de Lima, o Dr. Lima (PSDB), sobre o número de médicos existentes no país, Deichmann disse: “Se existe cerca de 450 mil no Brasil, o que falta é a valorização destes profissionais na rede pública. ” Ele declarou que, muitas vezes, a recusa em atuarem nas cidades menores e com poucos recursos, não se dá apenas por questões salariais------ . “O problema é que investem tempo e recursos financeiros para se dedicar a uma profissão e, quando chegam numa cidade distante, não há infraestrutura. Quem é o médico que vai querer ficar em um hospital sem material, sem equipamento de raio-X e UTI? ”indagou. Deichmann justificou que o fato da tabela de repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) estar defasada, sem reajuste desde 1992, justifica a recusa de grande parte dos médicos em atender pela rede pública, dando preferência ao sistema particular. “O SUS não valoriza os profissionais e não tem infraestrutura suficiente para manter os serviços. O sistema tem que ser revisto, ” concluiu.------*Assessoria
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