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Camara
30/03/2019 - 17:45h
“o Problema Não Está só no Azambuja, Mas Num Serviço Ineficiente de Saúde Pública”, Diz Marcos Deichmann
Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 26, o vereador Marcos Deichmann (Patriota) teceu comentários sobre a demora no atendimento do pronto socorro do Hospital Azambuja. No domingo, 24, a Polícia Militar chegou a ser acionada e enviou agentes até a instituição para conter os ânimos de quem aguardava pelos serviços:-------- “A espera, às vezes, prolonga-se muito, pelo número de pessoas que procuram o hospital. Realmente, quem é que vai querer ficar esperando por horas na fila? Mas quantas pessoas estão à espera? Ninguém é melhor do que ninguém”, afirmou.---------- Funcionário do Azambuja, ele ressaltou que a instituição possui um contrato firmado junto à Secretaria Municipal de Saúde para os atendimentos de urgência - ameaça num futuro próximo, e emergência - ameaça imediata à vida. O protocolo de triagem que define o tipo de atendimento, acrescentou, está entre as exigências contratuais.--------- “O contrato também diz que os casos que não forem de urgência ou emergência devem passar pelas unidades básicas de saúde [UBS]”, disse Deichmann, pontuando que são justamente elas, as UBS, o motivo de muitas das reclamações relatadas a vereadores pela comunidade, devido à falta de médicos, demora para fazer exames e outros problemas.---------------- “A grande maioria que procura o pronto socorro são pacientes com situações que poderiam ser resolvidas nas UBS, em atendimento ambulatorial. Mas, se alguém está com gripe e suspeita de pneumonia, procura uma UBS e lhe solicitam um raio-x dos pulmões que será feito só daqui a 30 dias”, exemplificou. “Então, a pessoa procura o hospital, espera cinco horas na fila, mas vai fazer o raio-x na hora, o médico vai olhar o exame e, se tiver indícios [de doença], vai medicá-la ou interná-la, se necessário”.--------------- “Não discordo da população que reclama, mas o foco está sendo no Azambuja, só que o problema não está só no hospital, mas num serviço ineficiente de Saúde Pública, que sobrecarrega a única unidade de saúde que dá conta de Brusque e região.------------ Com certeza, podem ser feitas melhorias, mas isso depende de recursos. Quando a Prefeitura diz que o pagamento está em dia, na verdade, isso não é repasse de verbas, mas o pagamento pela prestação de serviços. Se fizer um levantamento do número de consultas e exames gerados no pronto-socorro, certamente, a quantidade extrapola muito além do que está no contrato”, frisou.--------- Intervenção no Cartório Gevaerd:-- Ao iniciar o pronunciamento, o parlamentar falou sobre as intervenções do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) no Ofício de Registro de Imóveis de Brusque e no 1º Tabelionato de Notas e Protestos de Títulos da cidade, o Cartório Gevaerd. “Se há indícios de irregularidades, que se faça a intervenção e uma auditoria para apurar os fatos, mas não fechem o cartório deixando a população sem atendimento por suposições”, pediu Deichmann.---*Assessoria
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