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Destaques
06/05/2019 - 08:50h
Exposição
O servidor público, Sidnei Knihs, ao visitar a exposição áudio descritiva, realizada pelos alunos do Ensino Médio do Serviço Social da Indústria – SESI, de Brusque,, afirmou:.... “Eu achei interessante deles lembrarem que existe este público também. Alguém tem que tomar a iniciativa e fazer, o público vem se tiver uma exposição, se tiver algo pra se observar, uma hora dão conta disso” .........e completou:------ “as pessoas que vieram junto comigo estão dizendo que o visual das obras, o colorido delas, é muito bonito. Quer dizer que uma obra adaptada, uma obra feita para deficiente visual, não vai tirar a beleza dela”.--------- Este foi o cuidado dos estudantes ao produzir a exposição. Primeiro foi feita uma preparação com palestrantes da área de Educação especial, depois eles estudaram sobre audiodescrição e planejaram a exposição com a escolha de 11 obras de artistas renomados, como Monalisa, de Leonardo da Vinci, A criação de Adão, de Michelangelo Buonarotti , Tarsilla do Amaral e muitas outras. Os alunos produziram ainda outras três obras autorais, voltadas ao toque. As obras foram impressas e instalados os equipamentos para que os visitantes pudessem ouvir a descrição de cada uma. Além disso, havia ainda etiquetas em braille para facilitar ainda mais o entendimento.------------ “Foi um aprendizado pra gente e pra eles, pois nos fez conhecer mais sobre os artistas ao pesquisá-los e, principalmente, tentar entender a necessidade que essas pessoas tem e assim, realizar uma exposição que levasse cultura à eles , com a nossa ajuda, auxiliando para que eles compreendessem as obras”, contou a estudante Gabriela Krempel Popper, de 15 anos de idade.------------- Para o professor de linguagens Carlos Eduardo Marinho que junto com a professora Juliana Costa Masera, coordenaram a ação dos alunos, o objetivo foi alcançado, resultando na participação de autores e visitantes.-------------- “Ficou claro que eles (deficientes visuais) se sentiram acolhidos, tipo: ‘nossa, fizeram uma exposição de arte pra nós’, (...) para aqueles que já nasceram cegos, é uma experiência nova, ou seja, ouvir aquilo que a arte representa. Importante destacar o que ensinamos pra eles no Ensino Médio que mais importante do que a nota, é o aprendizado humano que eles vão levar para a vida”, contou.----------- Para Rubens Bastiani, que é deficiente visual, a exposição realizada pelos estudantes do SESI mostrou para toda a sociedade as limitações do deficiente visual e serviu como um incentivo para outros jovens. “Eles mostraram o quanto precisamos de espaços assim, o quanto lutamos para conquistar o nosso espaço, o respeito da sociedade, até uma admiração das pessoas, pelo esforço que a gente sempre tem no dia a dia. Que a gente possa ter mais acessibilidade e audiodescrição no teatro, nos museus e nos cinemas”, declarou.-*------Rubia Guedes via @mail
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