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Corrupção
29/07/2020 - 10:30h
Ele Sabia
Bebianno avisou Bolsonaro de vazamento da operação contra Queiroz, diz Marinho*********** © Sérgio Lima/Poder360******* O empresário Paulo Marinho disse em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro foi avisado por Gustavo Bebianno sobre a operação da Polícia Federal que atingiu Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A PF investiga o suposto vazamento da operação depois de entrevista de Marinho ao jornal Folha de S. Paulo.----------- A TV Globo teve acesso a trechos do depoimento, prestado em 21 de maio ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Marinho explicou que ligou para Bebianno em 13 de dezembro, mesmo dia da reunião em que Flávio falou do vazamento da operação. Marinho pediu que Bebianno conversasse com Bolsonaro-------- “‘Essa história é mais grave do que parece, eu acho importante você informar ao presidente’. Ele [Bebianno] aí desligou, agradeceu. Ele [Bebianno] depois liga e me diz o seguinte: ‘Entrei na sala do presidente, no escritório da transição, chamei, tinha muita gente com o presidente, falei: ‘É urgente’. Ele [Bebianno] tinha intimidade total com o presidente. ‘Levei o presidente pro banheiro da sala e fiquei com ele 10 minutos dentro do banheiro contando pra ele a história que você [Marinho] me contou. O presidente me pediu que voltasse para o Rio para acompanhar esse assunto’”, disse Marinho no depoimento.--------------- Procurado pela Globo, o Palácio do Planalto disse que não vai comentar o assunto. Flávio Bolsonaro, em nota, falou que “as afirmações de Paulo Marinho têm objetivo simples: manipular a Justiça em interesse próprio. Marinho parece desesperado por holofotes e por 1 cargo público. Inventa narrativas para tentar ocupar uma vaga no Senado sem passar pelo crivo das urnas. A defesa informa ainda que o parlamentar já prestou todos os esclarecimentos a respeito do tema. E o senador nega, categoricamente, o que foi dito por Marinho“. Paulo Marinho é suplente de Flávio no Senado.--------------- Bebianno era presidente nacional do PSL na altura da eleição de Bolsonaro. Foi uma das pessoas mais próximas do presidente durante a campanha e assumiu o posto de ministro da Secretaria-geral da Presidência. Deixou o cargo em fevereiro de 2019, depois de passar por 1 processo de “fritura” –sobretudo por atritos com os filhos do presidente. Bebianno morreu em março de 2020, em decorrência de 1 infarto fulminante.******Íntegra da matéria: www.poder360.com.br
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