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Política

24/08/2017 - 09:35h

Destino Certo

Se alguém não acordar a tempo de tomar alguma providência, realmente, Brusque está fadado a ter que viver mais uma vez a triste situação do marasmo administrativo para mais um mandato, da incompetência, do “porta-me lá”, de alguns funcionários descompromissados com o bom andamento do serviço público e de dirigentes, em todos os setores, a começar pelo prefeito e seu vice, os quais não possuem o comando real das ações, ou são mesmo incapazes de ver o desastre que a situação está tomando rumo.          Mau atendimento no Centro de Saúde, com burocracia excessiva, indisposição para tomar iniciativas por conta própria. Alguns, da menor escala hierárquica ainda tentam minorar. Porém já escutamos queixas de que estão cansado de dar a “cara a tapa”, enquanto quem comanda não está nem aí.          Vereadores constatando venda de guloseimas em escola do município, vias públicas intransitáveis, mato tomando conta do município, principalmente no interior.           Canteiros vencidos, sem reposição das flores velhas e murchas, trevo – bombeiro - há “século” modificado e ainda mutilado como ficou. Pela metade.      Só para citar um exemplo: ..uma senhora, que precisa instalar um equipamento de contracepção, já andou até cansar e nada arranjou por aqui. Como é moradora da comunidade do Limoeiro, foi tentar na Unidade de Saúde que pertence a Itajaí. No primeiro contato já agendou consulta e marcou data para o implante. Lá mesmo, que é interior do vizinho município, dá para notar a diferença. Enquanto o acesso para a ponte, o trecho de Itajaí, está tudo certinho, até com asfalto, no outro lado - de Brusque - é buraco esperando a vez para pular na estrada. Macadame que é bom na Estrada da Fazenda, fazem mais de três anos que não caiu uma pá sequer. Quem arruma a estrada é o pessoal de uma exploradora de areia na região. O prefeito e vice, que está mais em Floripa do que em Brusque, só pensam em reunião e acertos políticos. Ou para obter mais folga na Câmara, ou visando o ajeitamento para as eleições estaduais do ano que vem.         O prefeito, do PSB, está isolado pelos caciques, Ciro Roza e Dagomar Carneiro, deixa as questões para o vice, que é do PMDB, rotineiramente na capital, a pedir orientação dos caciques estaduais.          A nossa representatividade politica está abaixo da crítica. Um deputado inoperante e longe de querer dar “ganja” pros adversários em Brusque, vive distante das iniciativas, que deveriam ser conjuntas, só aparece “na boa”, ou numa foto interessante para posar de “papagaio de pirata”, no ombro de algum figurão.          Outro ex prefeito – cassado - e ex deputado, desapareceu no ostracismo e escondido pela derrocada do seu partido.         E tem aquele, que também foi prefeito e deputado e forma dupla com seu ex vice, também deputado, ainda luta por ficar na cena política, agarrado nas velhas raposas como Paulinho Bornhausen. Agora mesmo e depois que a sua criatura o dispensou da administração local, está fazendo de tudo para construir um caminho, de novamente se aprumar. Pensa em superar seus entraves com a lei e conseguir ser candidato, para posar de “salvador da pátria”, em 2020. Informações abalizadas, dizem que acertou com Jones Bósio, apoiando seu antigo desafeto e rival, nesta eleição para deputado, com o compromisso de Jones ser seu candidato a vice na próxima eleição municipal.           Realmente: a política cada vez mais apontar para a dissimulação de seus atores. Ontem, um “canastrão” político, ao tropeçar em algumas pedras no caminho, no trecho da rodovia que segue de Botuverá, mexeu os pauzinhos e no outro dia a imprensa noticiou as cargas de barro, espalhadas no caminho do adversário, num caso de irregularidade ainda não resolvido. Não era barro da rodovia. Era material removido em outro local. dando troco por não ser apoiado.        Novas lideranças, que em determinado momento nos deram certa esperança de coesão e mudança no cenário, infelizmente também deixaram-se morder pela “mosca azul” e escorrem para o individualismo. Todo mundo agora é candidato. Os partidos, tais quais carroças de melancia, seguem ajeitando aqueles que acham que sozinhos vão chegar a algum lugar. Pobres crentes e simplórios. Em Brusque e região, não existe ninguém capaz de se eleger pelo apoio de uma só legenda. Todo mundo vai dar com os burros n’água. Vão devolver o comando para quem se considerava fora de órbita.         Brusque não merece, mas corre o risco de ter que aguentar a ditadura administrativa de algum tempo atrás. Tempo em que valia apenas uma verdade: a do comandante.        Podemos estar errados, mas se alguém não acordar, acabaremos por encontrar a falta de chão e continuar na obscuridade administrativa e política, bem diferente daquela quando convivemos com Neco Heil e outros baluartes. A diferença é que eles pensavam antes na população, para depois saborear as suas vaidades.

 

 

 

 
 
 
 
 
 

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