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Camara
19/10/2017 - 20:15h
a Camara e o Tiro de Guerra
Legislativo debate responsabilidades pela manutenção do Tiro de Guerra Requerimento do vereador Neto fomentou a discussão do assunto; confira todos os requerimentos aprovados terça-feira A Câmara de Vereadores aprovou na última terça-feira, 17, requerimento no qual o vereador Waldir da Silva Neto (DEM) pede que seja enviada mensagem ao governador Raimundo Colombo (PSD) e aos quatro deputados federais mais votados em Brusque - Cesar Souza (PSD), Rogério Peninha Mendonça (PMDB), Esperidião Amin (PP) e João Paulo Kleinübing (PSD) - para que destinem recursos do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam), no caso do governador, ou por meio de emendas parlamentares, para o custeio de reformas nas dependências do Tiro de Guerra de Brusque (TG 05-005). “Infelizmente, essa é a luta que desde 2014 o Tiro de Guerra está sofrendo. O prefeito Paulo Eccel começou uma reforma de dois banheiros na instituição e não acabou. [...] O prefeito Roberto Prudêncio Neto assumiu e, em vez de terminar os banheiros, começou mais uma obra grande, um galpão, e também não terminou. Desde aquele ano, os atiradores estão sem banheiro, tendo que ir no mato ou até no Archer”, salientou Neto. O vereador disse reconhecer as dificuldades econômicas pelas quais atravessa o governo municipal, oriundas - no entendimento dele - das constantes mudanças na chefia do Executivo desde 2015, quando Eccel teve o mandato cassado, e dos imbróglios judiciais que se seguiram ao episódio. “Porém, temos que lembrar em quem votamos para deputado estadual, deputado federal e governador, porque existem emendas parlamentares e o Fundam”, afirmou. “A comunidade tem que se unir. O TG tem uma história de 100 anos que não podemos deixar que se apague”. Segundo Neto, na última sexta-feira, 13, o prefeito Jonas Paegle (PSB) se comprometeu a encaminhar a Brasília o pedido de recursos para as reformas necessárias à instituição: “O deputado federal Cesar Souza irá encaminhar o valor que for preciso para que essas obras sejam acabadas”, ressaltou o vereador. Em aparte, Paulinho Sestrem (PRP) lembrou que esteve no Tiro de Guerra em julho, na companhia de Leonardo Schmitz (DEM), atualmente licenciado do cargo de vereador. No local, disse Sestrem, eles foram recepcionados pelo subtenente Tomaz Jacinto Rodrigues e teriam constatado o estado em que se encontra o TG. Ao finalizar, ele parabenizou Neto por encabeçar uma união de forças em torno do problema. “O Tiro de Guerra se instalou em Brusque em função de um acordo feito com a Prefeitura, que assumiu o compromisso de manutenção das suas dependências físicas”, observou Ivan Martins (PSD). Para ele, é inadmissível que o município fique passivo diante da possibilidade de fechamento do TG, fazendo com que os jovens brusquenses tenham que se deslocar a Blumenau, ou até outras regiões, para servir ao Exército. “Todos os vereadores devem conversar com o prefeito, no sentido de fazer com que o acordo firmado junto ao Exército Nacional seja cumprido”, sugeriu. “Temos que dar apoio total a uma instituição que sabemos o quão importante é para a nossa juventude”, complementou Martins. Nilson Pereira (PSB), por sua vez, destacou a relevância dos ensinamentos e valores transmitidos por meio das atividades do Tiro de Guerra, como a disciplina, o companheirismo e a convivência em grupo. “Tenho certeza que o prefeito Dr. Jonas sabe dessa importância”, disse o parlamentar. “Ali se educa, ensina e as pessoas saem mais preparadas”, acrescentou. Jean Pirola (PP) disse que a Câmara Municipal exigirá do Executivo que cumpra o acordo entre Prefeitura e Exército. “Isso é vergonhoso para a sociedade, não só para o poder público, mas para todos, porque todos temos que cobrar dele, não apenas os vereadores”, afirmou o parlamentar, ressaltando em seguida o papel exercido pela imprensa ao abordar o assunto. “Vamos cobrar uma solução definitiva às estruturas do Tiro de Guerra, cujo setor administrativo vai muito bem, mas temos que rever a situação da parte estrutural”, emendou. Adalmir Amaral (DEM) relatou que há alguns anos conversava com um tenente a respeito da deficiência de infraestrutura do TG: “Muitas vezes, ele me falou dessa precariedade. Não vou citar governos, mas só tinha uma viatura, e ele muitas vezes foi a Blumenau buscar fardamento com seu carro particular. Tinha que se rastejar para o poder público”, contou o vereador. Ao concluir, Amaral cumprimentou Neto pela proposição: “Esta é uma causa nobre para Brusque”. Último a se manifestar, Marcos Deichmann (PEN) argumentou que - não obstante tenham sido realizados concursos públicos nos últimos anos, os quais, na opinião de Martins teriam inchado a folha de pagamento devido à contratação de muitos servidores efetivos - o governo dispõe de quase 200 cargos comissionados, de livre exoneração. “Vamos dizer que a média salarial seja de R$ 5 mil. Se são 200 comissionados, é preciso R$ 1 milhão para a folha de pagamento e mais R$ 1 milhão para os encargos. São R$ 2 milhões que poderiam ser investidos nas questões sociais”, sugeriu. “Quem é responsável pela manutenção do Tiro de Guerra? A Prefeitura? Então, que cumpra com o seu compromisso”, exclamou.
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