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Comportamento
07/11/2017 - 09:37h
Velhas Práticas
Lendo reportagem do “Município” a respeito das oitivas da Comissão de Inquérito da Câmara, sobre as irregularidades na contratação de funcionários do Samae, é fácil perceber que as velhas práticas na administração, ainda não foram totalmente afastadas por alguns dirigentes que lá estão, pelo critério político e em função da proximidade com a autoridade maior. O diretor presidente do Samae, pessoa a quem, aliás, nutrimos amizade, em que pese a sua competência na direção da autarquia, não se pode dizer, entretanto, que prima pelo respeito aos subalternos, se algum desses, não se enquadrar nos limites de suas simpatias pessoais. Roberto Bolognini, não se sabe se orientado por “algum figurão” da política local, ou se ainda orientado por velhos costumes, preferiu ignorar a lei e atravessar filas de espera por concurso, ou até mesmo execução de resultados de concursos anteriores, fazendo novas chamadas. Nomeou velho apadrinhado seu, em detrimento de pessoas com mais capacidade e direitos, para exercer uma função que requer conhecimento técnico, com é o caso de chefe de ETA, isolada. É bom que se rememore a história para que o leitor entenda a gravidade do problema, pois o fato, ocorrido como ocorreu, chegou a ameaçar a saúde e a segurança da população, pois as funções do tal servidor, tratavam de análise da qualidade da água, servida pelo Samae, para consumo humano. Nesse processo há também que se destacar, a retidão no comportamento de pessoas ouvidas na Câmara, como é o caso do Diretor Técnico, Marcio Cardoso, em tornar público o descontentamento e a reprovação a tudo o que aconteceu nesse caso. Em primeiro deixou claro que não gostou do fato em que sua autoridade foi desconsiderada. Como diretor da área Marcio não foi ouvido e simplesmente lhe “enfiaram” um servidor sem qualificação para uma função que, em última instância, é responsabilidade sua: a qualidade da água. Foi correto também em dizer que foi convidado para uma reunião, talvez para tratar de estratégias de defesa, mas que não compareceu. Na esteira do bom senso, encontra-se também a posição de Luciano Camargo, servidor que vem sendo “perseguido”, por estar fora do tal circulo da chefia maior e que foi o pivô, como denunciante do caso, ao Ministério Público. No contra ponto da questão, vem à cena, a encarregada do setor de recursos humanos. Ela alegou que recebeu ordem superior para nomear irregularmente alguém, sem saber sequer, em que função o servidor atuaria. Não questionou, obedeceu cegamente e acrescentou no depoimento que não viu burla alguma no caso. É claro que como chefe do setor de recursos humanos, deveria saber que havia irregularidade. Das duas uma: ou não sabe o que está fazendo ou, é submissa sem contestar a chefia, mesmo quando isso é imperativo de sua alçada. No final da história, repercute positivamente, o desenrolar dos trabalhos da Comissão em que pese a elucidação da prática de alguns dirigentes que inda não aprenderam a respeitar as leis e as pessoas, pois ainda não conseguiram se livrar das velhas práticas empregadas na administração pública, bem diferentes do que seriam, se a empresa lhes pertencessem.
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