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Camara
08/12/2017 - 08:18h
Camara – Vereador Keka
Keka cobra políticas públicas de combate às drogas.... Em pronunciamento na sessão ordinária de terça feira, 5, Gerson Luís Morelli, o Keka (PSB), falou sobre o tráfico e o consumo de drogas ilícitas em Brusque e cobrou a execução de políticas públicas municipais voltadas ao assunto. De acordo com dados exibidos pelo vereador ao plenário, repassados pelo tenente coronel Moacir Gomes Ribeiro, do 18º Batalhão da Polícia Militar, em 2016, a polícia apreendeu 4,5 quilos de maconha no município; em 2017, já foram 139 quilos. Foram pegos, no ano passado, 5,5 quilos de crack na cidade; e neste ano, já são 9 quilos apreendidos da mesma substância. Em 2016, foram encontradas 256 gramas de cocaína; e em 2017, até o momento, são 2,7 quilos. A apreensão de drogas sintéticas também cresceu: foram 1.168 comprimidos em 2016 e quase 8 mil em 2017.... O legislador ressaltou que - muito embora recentemente a Câmara tenha aprovado requerimento no sentido de pedir à PM que intensificasse as rondas nos arredores da Escola de Ensino Fundamental Paquetá, especialmente à noite, com vistas a coibir a venda e o uso de drogas naquela localidade - esta é uma problemática que atinge o município por inteiro..... “Trabalho no colégio Cônsul e todos os dias preciso ir até o cemitério evangélico pedir, gentilmente, para que os usuários de drogas saiam daquele local, porque tem as crianças usando a pista. Na Igreja Católica, todos os dias tem gente. Então, isso não acontece apenas nos bairros, mas no Centro também”, salientou Keka, que em seguida defendeu a adoção de políticas públicas municipais voltadas ao problema..... “O crucial é a hipocrisia que gira em torno desse tema: o comércio de drogas movimenta bilhões de dólares em todo o mundo e, por isso, nem todos os governantes têm interesse em resolver a questão de uma vez por todas. Existe também o paradoxo legal. No caso do Brasil, por exemplo, o usuário não é considerado um criminoso. Tudo bem que o vício é uma doença, mas, não fosse o uso, não haveria tráfico que se sustentasse”, refletiu.... Sob seu ponto de vista, os jovens podem sofrer influências negativas da televisão quando o uso de entorpecentes é exibido como algo natural. Ele também chamou a atenção para a omissão das famílias, situação que transfere exclusivamente para escolas e professores a responsabilidade de orientar crianças e adolescentes quanto aos malefícios da drogadição. “Existe um chavão que diz que ‘educação vem de berço’. Acho que isso vinha de casa e vinha de berço. Hoje em dia, infelizmente, não é mais assim. Como professor, vejo isso todos os dias. Os pais não têm mais tempo para os filhos, a escola está tomando esse papel para si e, normalmente, quando chamamos os pais para conversar, eles defendem seus filhos, dizendo que em casa são bonzinhos”..... Em apartes, manifestaram-se os vereadores Marcos Deichmann (Patriota) e Sebastião Lima (PSDB), ambos reforçando as colocações de Keka sob o tema em pauta. O primeiro defendeu que as políticas públicas mencionadas pelo orador tenham os pais como público-alvo das campanhas. Dr. Lima também discorreu sobre o papel das famílias no tocante ao assunto e, assim como Deichmann, enalteceu a realização do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) da Polícia Milita
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